Senhora do Destino é uma telenovela brasileira produzida e exibida pela Rede Globo entre 28 de junho de 2004 a 12 de março de 2005, totalizando 220 capítulos.[2] Escrita por Aguinaldo Silva[3] com a colaboração de Glória Barreto, Maria Elisa Berredo e Nelson Nadotti. Dirigida por Luciano Sabino, Marco Rodrigo, Cláudio Boeckel e Ary Coslov, com direção geral e de núcleo de Wolf Maya.[2]
Contou com os atores Susana Vieira,[4] José Wilker, José Mayer, Leonardo Vieira, Marcello Antony, Dado Dolabella, Carolina Dieckmann, Leandra Leal, Débora Falabela, Carol Castro e Dan Stulbach, Renata Sorrah, Eduardo Moscovis, Letícia Spiller e José de Abreu nos papéis principais.[5]
Foi reapresentada no Vale a Pena Ver de Novo de 2 de março de 2009[6] a 21 de agosto de 2009, substituindo Mulheres Apaixonadas e sendo sucedida por Alma Gêmea.
Primeira fase
A trama de Senhora do Destino é dividida em duas fases. A primeira – exibida em quatro capítulos – se passa em dezembro de 1968, contando a história de três mulheres: Josefa de Medeiros Duarte Pinto, jornalista do Diário de Notícias, uma mulher deslumbrante e valente que acaba se tornando uma inimiga mortal contra a ditadura; Maria do Carmo Ferreira da Silva, uma nordestina humilde que vem para a cidade do Rio de Janeiro em busca de uma vida melhor para si e aos filhos; e Maria de Nazaré Esteves Tedesco, uma prostituta que quer mudar de vida a qualquer custo e jogará sujo para isso.Maria do Carmo, uma nordestina sofredora, abandonada pelo marido Josivaldo, parte com seus cinco filhos de Belém de São Francisco, no sertão de Pernambuco, rumo ao Rio de Janeiro. Ela se encontra desesperada, por não ver ali um futuro melhor a dar aos filhos, pois vive em extrema pobreza. Portanto, ela escreve ao irmão, Sebastião, pedindo que ele os receba em sua casa.
Sebastião trabalha como motorista para Josefa de Medeiros Duarte Pinto, por quem é secretamente apaixonado. Ela é filha de uma família tradicional e dona do jornal carioca Diário de Notícias, herdado após a morte do segundo marido.
Após uma série de contratempos na viagem, como temporais,deslizamentos nas estradas de terra esburacadas e lamacentas e um ônibus em péssimas condições de estado (dirigido pelo personagem Ruddy, numa participação especial de Rodrigo Hilbert na novela), Maria do Carmo e os filhos chegam à cidade do Rio de Janeiro em 13 de dezembro de 1968, justamente o dia da decretação do Ato Institucional Número Cinco, o AI-5. Há um grande tumulto nas ruas do Centro da cidade, tomadas por manifestantes e policiais em guerra. O Diário de Notícias, opositor do regime militar, é invadido pela polícia, e Sebastião não consegue buscar Maria do Carmo na rodoviária. Como perdeu o papel na estrada onde havia anotado o endereço do irmão, ela segue com os filhos à procura do jornal, onde espera encontrar Sebastião. No meio da confusão em que se transformou a cidade, Reginaldo, seu filho mais velho, é ferido por uma pedrada. Maria do Carmo consegue se refugiar com as crianças em uma casa abandonada. Nazaré (como é chamada), após uma discussão com o amante José Carlos, também se abriga no local. Vestida como uma enfermeira e com uma falsa barriga de grávida, Nazaré diz se chamar Lourdes e promete tomar conta das crianças enquanto Maria do Carmo leva Reginaldo ao hospital. Na volta, porém, Maria do Carmo descobre que a mulher desapareceu com sua filha recém-nascida, de apenas dois meses de vida, chamada Lindalva.
Nazaré, na realidade, é uma prostituta do bordel de Madame Berthe que deseja se casar com o amante e mudar de vida. Ela acredita que a gravidez é a única maneira de separá-lo da esposa e da filha. Como ficou estéril após 5 abortos sucessivos, inventou que estava grávida para forçar José Carlos a assumir a criança. Ao ficar sozinha com Lindalva em seus braços, Nazaré vislumbra a chance de concretizar seu plano e sequestra a menina. Após chantagear Madame Berthe para que confirme sua história, ela arma uma farsa e finge que deu à luz a criança, sensibilizando o amante, que larga a família para ficar com ela. A luta de Maria do Carmo para reencontrar a filha roubada é o fio condutor da trama.
Desolada com o sequestro de Lindalva, Maria do Carmo se perde nas ruas do Rio, é confundida com os manifestantes e levada presa, juntamente com outros dois homens em particular: um deles é Dirceu de Castro, repórter do Diário de Notícias, que se recusa a abandonar a redação do jornal; o outro é Giovanni Improtta, conhecido empresário do jogo do bicho repleto de falcatruas e atividades escusas em sua vida. Josefa também é presa, tem o jornal fechado e é aconselhada a deixar o país, o que a leva para um luxuoso exílio em Paris.
Maria do Carmo, Dirceu e Giovanni ficam em celas vizinhas no presídio da Ilha das Flores presídio localizado na Baía de Guanabara, e o jornalista toma conhecimento da história da nordestina. Dirceu chama a atenção do comandante da prisão, o perverso Comandante Saraiva (Werner Schünemann), para o equívoco, e a jovem é solta. Ela encontra Sebastião por acaso, e os dois conseguem impedir que os filhos de Maria do Carmo, que haviam sido levados para o Juizado de Menores, sejam enviadas para um orfanato. Maria do Carmo decide se instalar no mesmo lugar onde o irmão vive, em Vila São Miguel, fictício distrito de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense (RJ), e jura que dedicará sua vida a localizar a filha Lindalva.
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